sábado, 7 de abril de 2012

A Minha Sogra


Porque existe a sogra? Poxa, que cruz é essa que eu tenho que carregar desde que eu começo namorar até o fim da minha vida (se tudo der certo)? Porque a sogra se acha no dever de dar opiniões no meu casamento? Sendo que a filha dela agora é MINHA mulher... E porque sempre no Natal e no Ano Novo a gente tem que comer o famoso peru na casa dela? Um jantar romântico, uma danceteria, uma coisa diferente...tudo isso está descartado por causa dela, a minha sogra.

Eu me revolto sempre com minha sogra por vários motivos; começando pelo nome: ela se chama Esperança. Já ouviu falar no ditado: “a esperança é a última que morre”? Tendo em vista isso, eu completo: coitado do cidadão cuja sogra se chama Esperança! Meu Deus, a “véia” não vai morrer tão cedo! Acho que nesse momento crítico, eu precisaria de um cerveja. Vou com toda sede ao pote (no caso, à geladeira) e abro a porta com toda a alegria do mundo. Alegria que desaparece do meu rosto em fração de segundos.

--- Cadê a minha cerveja?

Depois do berro, a minha amada surge na porta da cozinha com seu sorriso sutil e dizendo:

--- Ai amor, a mamãe falou que a cerveja pode te fazer crescer a barriga. Eu não quero meu amorzinho com barriga de chopp. Prefiro esse tanquinho aí!

Eu não consigo ficar bravo com ela; o jeitinho meigo e as vezes ingênuo não deixa. Mas a minha sogra...ah ela me paga por essa. Pode não ser agora, mas ela vai me pagar! Juro que fiquei vermelho de raiva e isso tudo bem na hora do futebol domingo à tarde. Já explodindo de raiva, eu volto para a sala e quem eu encontro no meu sofá, assistindo a minha televisão, com o meu controle remoto na mão? Quem? Quem? Quem? A minha sogra, é claro!

--- Ai genrinho, já que eu estou aqui e você não está mais assistindo o jogo, eu vou ver a Eliana, tudo bem?

--- Mas eu estou assistindo o jogo, sogrinha!

O veneno escorria pela boca de ambos.

--- Ah, mas eu sou visita...

Puta merda! É melhor eu sair agora e ir para o bar, do que brigar com essa véia e sair de casa depois.

Sem opções, me encaminho para o bar mais próximo naquele sol. Para melhorar, como de costume, a cerveja está quente e o bar está lotado.Depois de agüentar meia hora e tomar dois “chá de cerveja”, eu volto para casa para a melhor hora coisa do dia: levar minha sogrinha querida de volta para a casa dela.

Apesar de tudo, eu amo minha sogra. Isso quando ela está longe de mim e da minha mulher. O respeito que eu tenho por ela, jamais ela vai encontrar em outro homem. É claro, eu agarrei o osso e não solto mais! O osso, nesse caso, representa minha esposa, que puxa mais (bem mais) para o magro do que para o fofinho. Então, realmente... é osso!

Mas agora é sério: estou pensando em me mudar para um lugar bem longe. Longe da sogra também, se possível. Estou pensando na Bahia, ali nas margens do Rio São Francisco. Qualquer coisa se a D. Esperança aparecer, eu vou dar umas aulinhas para ela. Aulinhas de como aprender a nadar e se manter viva sem uma bóia.

Acho que já chega, não é? Meus dedos já criaram bolhas e eu já falei mal demais da minha sogra nesse texto... No próximo eu continuo.


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